Seguidores

sábado, 29 de outubro de 2011

ATIVIDADE: ROTEIRO PARA O FILME TEMPOS MODERNOS

ROTEIRO PARA O FILME: TEMPOS MODERNOS

 

Tempos Modernos


TÍTULO DO FILME: TEMPOS MODERNOS (Modern Times, EUA 1936)
DIREÇÃO: Charles Chaplin
ELENCO: Charles Chaplin, Paulette Goddard, 87 min. preto e branco, Continental.

RESUMO

Trata-se do último filme mudo de Chaplin, que focaliza a vida urbana nos Estados Unidos nos anos 30, imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome.
A figura central do filme é Carlitos, o personagem clássico de Chaplin, que ao conseguir emprego numa grande indústria, transforma-se em líder grevista conhecendo uma jovem, por quem se apaixona. O filme focaliza a vida do na sociedade industrial caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É uma crítica à "modernidade" e ao capitalismo representado pelo modelo de industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas idéias "subversivas".
Em sua Segunda parte o filme trata das desigualdades entre a vida dos pobres e das camadas mais abastadas, sem representar, contudo, diferenças nas perspectivas de vida de cada grupo. Mostra ainda que a mesma sociedade capitalista que explora o proletariado alimenta todo conforto e diversão para burguesia. Cenas como a que Carlitos e a menina órfã conversam no jardim de uma casa, ou aquela em que Carlitos e sua namorada encontram-se numa loja de departamento, ilustram bem essas questões.
Se inicialmente o lançamento do filme chegou a dar prejuízo, mais tarde tornou-se um clássico na história do cinema. Chegou a ser proibido na Alemanha de Hilter e na Itália de Mussolini por ser considerado "socialista". Aliás, nesse aspecto Chaplin foi boicotado também em seu próprio país na época do "macartismo".
Juntamente com O Garoto e O Grande Ditador, Tempos Modernos está entre os filmes mais conhecidos do ator e diretor Charles Chaplin, sendo considerado um marco na história do cinema.


CONTEXTO HISTÓRICO


Em apenas três anos após a crise de 1929, a produção industrial norte-americana reduziu-se pela metade. A falência atingiu cerca de 130 mil estabelecimentos e 10 mil bancos. As mercadorias que não tinham compradores eram literalmente destruídas, ao mesmo tempo em que milhões de pessoas passavam fome. Em 1933 o país contava com 17 milhões de desempregados. Diante de tal realidade o governo presidido por H. Hoover, a quem os trabalhadores apelidaram de "presidente da fome", procurou auxiliar as grandes empresas capitalistas, representadas por industriais e banqueiros, nada fazendo, contudo, para reduzir o grau de miséria das camadas populares. A luta de classes se radicalizou, crescendo a consciência política e organização do operariado, onde o Partido Comunista, apesar de pequeno, conseguiu mobilizar importantes setores da classe trabalhadora.
Nos primeiros anos da década de 30, a crise se refletia por todo mundo capitalista, contribuindo para o fortalecimento do nazifascismo europeu. Nos Estados Unidos em 1932 era eleito pelo Partido Democrático o presidente Franklin Delano Roosevelt, um hábil e flexível político que anunciou um "novo curso" na administração do país, o chamado New Deal. A prioridade do plano era recuperar a economia abalada pela crise combatendo seu principal problema social: o desemprego. Nesse sentido o Congresso norte-americano aprovou resoluções para recuperação da indústria nacional e da economia rural.
Através de uma maior intervenção sobre a economia, já que a crise era do modelo econômico liberal, o governo procurou estabelecer certo controle sobre a produção, com mecanismos como os "códigos de concorrência honrada", que estabeleciam quantidade a ser produzida, preço dos produtos e salários. A intenção era também evitar a manutenção de grandes excedentes agrícolas e industriais. Para combater o desemprego, foi reduzida a semana de trabalho e realizadas inúmeras obras públicas, que absorviam a mão-de-obra ociosa, recuperando paulatinamente os níveis de produção e consumo anteriores à crise. O movimento operário crescia consideravelmente e em seis anos, de 1934 a 1940, estiveram em greve mais de oito milhões de trabalhadores. Pressionado pela mobilização operária, o Congresso aprovou uma lei que reconhecia o direito de associação dos trabalhadores e de celebração de contratos coletivos de trabalho com os empresários.
Apesar do empresariado não ter concordado com o elevado grau de interferência do Estado em seus negócios, não se pode negar que essas medidas do New Deal de Roosevelt visavam salvar o próprio sistema capitalista, o que acabou possibilitando possibilitou sua reeleição em duas ocasiões.


ANÁLISE DO FILME: TEMPOS MODERNOS


Charles Chaplin – “Clássico”
Estilo: Comédia
Crítica ao processo de mecanização da produção e desumanização do operário.

·                    Cinema: Recurso didático/arte – Eexpressa uma cultura, uma sociedade.
·                    Choque com a linha de montagem.
·                    Extremo controle da atividade (relação patrão x operário).
·                    Relação e reação quanto ao tempo – Não há desperdício.
·                    Processo de automação.


- O que provoca no indivíduo (enlouquecido)/alienação.
- Desemprego (redução do número de postos de trabalho)/fome.
- Greves e movimento dos trabalhadores/órfãos.
- A busca humana pela felicidade.


SUGESTÃO DE ROTEIRO PARA ANÁLISE DE FILME:

1 – Identificação do filme:

2 – Tema abordado:

3 – Principais características dos protagonistas:

4 – Quais as atitudes dos protagonistas que você apóia ou tomaria de forma diferenciada?

5 – Que problemas sociais são abordados no filme?

CONSIDERAÇÕES:

·                    Tempos Modernos. Estados unidos, 1936. 88 minutos. Direção: Oliver Stone.
·                    Último filme mudo de Chaplin. Trata-se de uma comédia satirizando a vida urbano-
industrial e a sociedade capitalista em plena Depressão econômica. A história conta a vida do operário Trump (interpretado por Chaplin), que enlouquece durante a Depressão dos anos 30. No filme, Chaplin faz contundentes críticas ao processo de mecanização da produção e desumanização do operário, à modernidade e ao modelo de industrialização onde o operário é engolido pelo capital e perseguido por suas idéias subversivas.
           

A partir da leitura do filme duas questões são importantes relacionar:

O que caracterizou a Segunda Revolução Industrial e em que consistiu o novo colonialismo?