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quarta-feira, 20 de junho de 2012

A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932

A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932

                        Com a Revolução de 1930, São Paulo perdeu sua hegemonia na política nacional, e até mesmo o governo do Estado passou para o controle de Getúlio. Em 1932, tentando retomar o poder, os paulistas desencadearam um movimento revolucionário.
                        Os Partidos Democrático e Republicano Paulista se uniram, formando a Frente Única, que exigia a autonomia política para São Paulo e a reconstitucionalização do País, com a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, já que a Revolução havia declarado extinta a Constituição de 1891.
                        Getúlio Vargas marcou o dia para a eleição dos membros da Assembléia Constituinte, mas a oligarquia paulista continuou reagindo, pois queria controlar o poder e fazer uma política efetivamente favorável ao café. Em uma das manifestações contra o governo, foram mortos na cidade de São Paulo os estudantes Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, o que deu origem à sigla MMDC.
Logo após a tomada do poder em novembro de 1930, Getúlio Vargas nomeou interventores federais para governar os estados. Para São Paulo foi nomeado o tenentista João Alberto, fato que ficou atravessado na garganta das elites políticas paulistas, desejosas de recuperar o poder perdido. Ao se iniciar o ano de 1932, crescem os reclamos dessa elite liderada pela FUP (Frente Única Paulista). Em consonância com este estado de espírito e com a decorrente reivindicação de um interventor civil e paulista, o texto do jornal excita os ânimos da população contra o intervencionismo de Vargas. Criavasse, então, uma atmosfera de oposição e agitação que acabaria desembocando no movimento político armado conhecido como Revolução Constitucionalista de 1932.
                        Em 09 de julho eclodiu a Revolução Constitucionalista. As forças paulistas foram comandadas pelo general Isidoro Dias Lopes.
                        Depois de cerca de três meses de revolução, os paulistas foram derrotados pelas tropas federais.


História do Brasil República na Fuvest


à  “São Paulo não está apenas descontente. Está ferido na sua sensibilidade. O que a Revolução lhe pediu ele lho deu... Por que a Revolução tarda em restaurá-lo na sua autonomia e no governo direto de seus filhos? Cansado de viver como terra conquistada, São Paulo... pede apenas, à frente da administração de seus negócios, um de seus filhos que lhe compreenda o espírito e não lhe golpeie o coração”.
O Estado de S. Paulo, 27 de janeiro de 1932.

Explique os impasses políticos discutidos por esse jornal e indique seus desdobramentos.

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